www.lucyd.de/
*
Cuando la pena cae sobre mi
el mundo dejaya de existir
miro hasta atras y busco
entre mis recuerdos
1º verso da canção
"Mis Recuerdos"
composta por Luz Casal
- no sítio usuarios.multimania.es/ -
[in?]razoávelmente
às claras
*
Te amo,
relembro, ao repentino
disparo de um flash.
No momento,
até agora,
hoje, te amo, e
se isto, declarado,
assemelhar-se
ao trivial, ao demasiado
gasto, óbvio
a ponto de dever não
mais ser escutado,
de estar incluído, ao não,
o razoável para
esta idade e neste
tardio horário, entendo;
mas,
te amo
sem que me peje
pôr anúncio,
sabendo que anuncio o
déficit
em ciência e, na soledade,
o limite
do conforto.
Caríssima Sábia
Presença, te vivo.
Entre o braço e a vala,
uma dívida
é contraida.
Porque devo,
te amo?
Dependente,
devo o que me destes,
sinto,
devo-te
por lei religiosa,
por ordenança ética,
percebo... mas, afeição,
seria originária
da penhora,
fortificar-se-ia, único,
desse modo...
Nato, logo ao início,
precário, instável
enquanto projeto,
a carne, tendo-a já
prometida ao tempo,
como fossem,
as carnes, tributo entregue
à mesa de Cronos
- no passado, divindade
em exercício - desse único
modo,
se chega: logo de cara,
ficar sózinho
é o perigo.
Ao sol, a ele,
todavia, se chega,
e isto
porquê Outro
dá passagem
ao nascido, com
a gentileza que nada
cobra.
Entre o colo e a vala,
contrai-se
dívida e,
ao fiador,
não se alcança
pagá-la;
pela vida, em
troca,
tem-se apenas
- pálida palavra -
o obrigado
com que se assinala
aquele, ao qual,
se é reconhecido.
Te amo
porque, à isto,
enclinar-me-iam
minhas necessidades de viva?
A semicegueira,
que se remedia,
quando muito,
incontáveis
madrugadas apartadas
do verão, do sono
e do horizonte,
o carro quebrado
no meio do deserto, do jamais
conhecido...
dependente
outrora, a qualquer dia,
aprendiz,
não me nego,
e a ti, segura, retorno,
ao estranhar o chão
em que piso;
temores não faltam,
e um
reconhecimento,
estritamente, então,
seria, por
explícita incompletude?
Provisória, carne
corruptível,
teria escolha,
a fraqueza,
que não amar o arrimo,
fonte
da quente bebida...ah,
teria, será que...
Ao suster,
uma escora fura, se
espinhenta,
e destarte
sangra,
infécta, grangrena
e necrosa...
aleija ou
mata, a
má lembrança.
Amorosa
Bem Lembrada,
muito te quero, e não
à exclusiva causa
do tanto que
não tenho, compreendo
ou
não construo.
Carecida,
eu, sujeita
a conflitos,
finita e
sem nenhuma queixa,
sem crer seres
maga,
gigante ou
santa,
te quero; te vejo
boa,
qual te viam,
grande,
como antes te via,
sempre,
pura amiga,
Senhora. Ah, sim,
está em soma
um olhar pelo retrovisor
que me avista,
ainda rente à barra,
alá, em tuas saias,
grata, me agarrando
- eras a sólida terra -
porém, não por conta
só daquilo tudo,
te amo.
*
Santana de Parnaíba
maio,2010
NeyMariaMenezes
Te amo,
relembro, ao repentino
disparo de um flash.
No momento,
até agora,
hoje, te amo, e
se isto, declarado,
assemelhar-se
ao trivial, ao demasiado
gasto, óbvio
a ponto de dever não
mais ser escutado,
de estar incluído, ao não,
o razoável para
esta idade e neste
tardio horário, entendo;
mas,
te amo
sem que me peje
pôr anúncio,
sabendo que anuncio o
déficit
em ciência e, na soledade,
o limite
do conforto.
Caríssima Sábia
Presença, te vivo.
Entre o braço e a vala,
uma dívida
é contraida.
Porque devo,
te amo?
Dependente,
devo o que me destes,
sinto,
devo-te
por lei religiosa,
por ordenança ética,
percebo... mas, afeição,
seria originária
da penhora,
fortificar-se-ia, único,
desse modo...
Nato, logo ao início,
precário, instável
enquanto projeto,
a carne, tendo-a já
prometida ao tempo,
como fossem,
as carnes, tributo entregue
à mesa de Cronos
- no passado, divindade
em exercício - desse único
modo,
se chega: logo de cara,
ficar sózinho
é o perigo.
Ao sol, a ele,
todavia, se chega,
e isto
porquê Outro
dá passagem
ao nascido, com
a gentileza que nada
cobra.
Entre o colo e a vala,
contrai-se
dívida e,
ao fiador,
não se alcança
pagá-la;
pela vida, em
troca,
tem-se apenas
- pálida palavra -
o obrigado
com que se assinala
aquele, ao qual,
se é reconhecido.
Te amo
porque, à isto,
enclinar-me-iam
minhas necessidades de viva?
A semicegueira,
que se remedia,
quando muito,
incontáveis
madrugadas apartadas
do verão, do sono
e do horizonte,
o carro quebrado
no meio do deserto, do jamais
conhecido...
dependente
outrora, a qualquer dia,
aprendiz,
não me nego,
e a ti, segura, retorno,
ao estranhar o chão
em que piso;
temores não faltam,
e um
reconhecimento,
estritamente, então,
seria, por
explícita incompletude?
Provisória, carne
corruptível,
teria escolha,
a fraqueza,
que não amar o arrimo,
fonte
da quente bebida...ah,
teria, será que...
Ao suster,
uma escora fura, se
espinhenta,
e destarte
sangra,
infécta, grangrena
e necrosa...
aleija ou
mata, a
má lembrança.
Amorosa
Bem Lembrada,
muito te quero, e não
à exclusiva causa
do tanto que
não tenho, compreendo
ou
não construo.
Carecida,
eu, sujeita
a conflitos,
finita e
sem nenhuma queixa,
sem crer seres
maga,
gigante ou
santa,
te quero; te vejo
boa,
qual te viam,
grande,
como antes te via,
sempre,
pura amiga,
Senhora. Ah, sim,
está em soma
um olhar pelo retrovisor
que me avista,
ainda rente à barra,
alá, em tuas saias,
grata, me agarrando
- eras a sólida terra -
porém, não por conta
só daquilo tudo,
te amo.
*
Santana de Parnaíba
maio,2010
NeyMariaMenezes
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