Imagem: obra publicada na 5ª edição
de Literatura e Artes Ciberartes.com
"Todo empieza a morir cuando nace el olvido"
Jose Angel Buesa
fragmento de poema
Pode ser,
num desses repentes,
que se esbarre com o fosso,
o vazio que ficou ali,
onde algo foi roído
- o algo,
o que o qualifique, além disto, já não se acha -
e pode até que
o diâmetro de uma tal erosão se declare
a medida entre os pontos da área submersa
pelo esquecimento; ou isto,
ou,
em um parecer distante das certezas,
o que seria a transversal da falha,
seria o acusativo, o
sintoma da nenhuma estadia
das horas que antecederam
o instante do agora mesmo.
Se sucedidas, aquelas, de qual modo
se não as divisaria...se,
de algum jeito, se as levasse
a perderem-se no subterrâneo
antes que consubstanciassem,
se, modestas,
feito escorressem ao sorvedouro,
perceptíveis, não se fizessem ...e daí,
um processo,
se dando nestes parâmetros,
desceria ao fim do fundo,
bem alá do descorar dos olvidados...
A mando dos ditos modos
de acontecer, todo e qualquer que, seus rastos
pelo palco,
nunca os registrariam, ainda se
fragmentos, pedaços
de estórias, pontuais destaques
de um enredo
e, por que não, a
meia saudade disto
que se jamais foi...juntados,
todo e qualquer, sob
forma de um mundo rico em
casos e itens,
fugiria do pousar para
retrato. E, inclusive,
considera-se que faltaria,
a este vário mundo, a sombra sua, a
contra sol.
Fugazes, ao menos...nem
isto, mas
fabulosas épocas,
qual quiméricas figuras
e, quiça,
um tipo de crendice ou
alucinações,
como também, um
invento, quem sabe, uma
fuga onírica;
fantasia, seriam
nada
além de ficção.
Ney Maria Menezes
Santana de Parnaíba