Gosto do irromper dos princípios;
de tônus, instaurando-se o movente
do coração - ele se expande - ao
beber d'encantamentos; do abrir
dos cílios, ao toque do novo.
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Gosto das horas primeiras.
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Na sonolência da madrugada
se perpassa todo um sopro
que afague a aurora, que semeie os aromas
de embrião, fonte, rebroto...
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Gosto dos plantios de primavera.
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Do teu cheiro, vazando gota a gota
pelas veias - recende - em meio ao sono;
e vem logo após ao êxtase, nosso encontro.
Perenidade, depois do gozo.
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NeyMaria Menezes
setembro 2006
IMAGEM:
Quadro de Roberto Liang