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Foto de Graça Loureiro no sítio olhares.com
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Quanto mais livre a estrada,
tanto mais solitária há de estar.
Não há referencial,
destinação
nem cabo telefônico
no alto da solidão;
por lá
o empenho ou a dívida
e o compromisso
jamais são vistos.
Sem préstimo,
sem fôlego
- mas sem prazo e
sem roupa -
envolto no sóbrio silêncio
das rosas definhadas
pode o indivíduo,
neste ermo,
ouvir o apelo do vazio
escancarado
entre os pontos cardeais
e se render ao surdo som
do corpo
solto no ar rarefeito.
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Santana de Parnaíba
28/09/2011
NeyMaria Menezes