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Colagem por sobreposição de imagens para uso
nãocomercial
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A LUFA
E A MULHER VIOLETA
Entrandas, a onda
e a mulher roxa.
Logo que aberta,
por suas portas e bocas,
a casa de comidas&bebidas
descobre-se
inteira lavanda e
fria em círculos concêntricos:
moviças,
a vaga expandindo-se após
a pele em avanço.
Erráticas,
claudica assim
púrpura ou bispo
- a mulher, não
a roupa – e
e a lufa, atrás, assobia.
Ciganas,
uma sempre vai-se
à margem
e, provisoriamente,
senta-se uma outra.
Cianótica,
pede algo amargoso e
bem quente. Congelante,
dissolve-se na xícara
e no ambiente enquanto
a moça
e as bocas
a moça
e as bocas
demoram-se ametista
e caídas,
cuidando aparentar
sequer se verem.
Por fim sai para
a tenaz de nova onda,
lilás ainda e
sem fingir pressa,
mas sim
qual estivessem
lapidados peito e
alento,
seus passos
seus passos
como se fossem já
velhos os pés;
aos ombros,
pesados,
purgatório e quaresma
*.
Santana de Parnaíba
Julho de 2011-07-05
Ney Maria Menezes