foto de Alfie Goodrich no flickr
O pátio,
um negror sob
a escuridão:
são uma noite e
onze dedos, o torno
em volta do pescoço;
o pássaro,
um grito lentamente
sangrando
sob jovens mãos
disformes.
Mãos, pés e
os dois rostos,
estes aberrantes ,
todos
naquele branco
na folha de papel
se encontram nos imprecisos
contornos. Lá estão,
qual significantes,
eles apenas, e
lá apenas estão.
Onde dói, ao fundo do pátio
contra o muro da noite,
é o fim do corpo.
*
Ney Maria Menezes
2009, Santana de Parnaíba
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