quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

DA SÉRIE "SOMBRAS" * II Canto






A sombra de um engano

há um desejo tolo que

consente.





II. Do Início Do Sem Fim





A guerra, seu início,

pulsa

na saliva sob a língua.


***


O desejo espuma,

a garganta estrunge,

esbugalha-se, o olho, e gruda

- o cérebro, feito o réptil, reage -

eleva-se, a pressão sanguínea,

o nervo estica-se e empurra

a mão, a mão esmurra,

escalavra,

estoura o crâneo. De pronto,

sentir-se-á senhora.

Irá agarra-lo - é seu -

e o prenderá ao cume

da vanglória.

O furor que, nele,

os iguala,

ele os reune.

dono e propriedade.

Em coletivo,

cada qual ,

se transmuda

e avançará, uma divisão,

em formação de batalha.

As custas, um corpo paga.


***


Danos e

perdas, arca,

vida por

vida, o

quanto sejam.





Ney Maria Menezes

Santana de Parnaíba






















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