Hoje soube.
Você não vem.
Nunca; sempre.
Não atracou o nosso veleiro.
Nem cheguei a batizá-lo
com muitas águas-ardentes
- nascido o sol - e antes da
descida areia 'té o sal;
não foi buscada sua carta
de mestre-arrais, patrão
de barco, homem do mar.
Nunca se largou aos ventos.
Não preenchemos, inteira,
uma tarjeta de apostas,
das que corriam
- próximo sábado -
ao meio-dia.
hoje, sempre;
nenhum porto viu-lhe a proa.
NeyMaria Menezes
São Paulo, junho de 2006
IMAGEM:
Foto por Noémi [gypsygrrrl]
no flickr.com/photos/gypsygrrrl/112294975
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