
A sombra de um engano
há um desejo tolo que
consente.
II. Do Início Do Sem Fim
A guerra, seu início,
pulsa
na saliva sob a língua.
***
O desejo espuma,
a garganta estrunge,
esbugalha-se, o olho, e gruda
- o cérebro, feito o réptil, reage -
eleva-se, a pressão sanguínea,
o nervo estica-se e empurra
a mão, a mão esmurra,
escalavra,
estoura o crâneo. De pronto,
sentir-se-á senhora.
Irá agarra-lo - é seu -
e o prenderá ao cume
da vanglória.
O furor que, nele,
os iguala,
ele os reune.
dono e propriedade.
Em coletivo,
cada qual ,
se transmuda
e avançará, uma divisão,
em formação de batalha.
As custas, um corpo paga.
***
Danos e
perdas, arca,
vida por
vida, o
quanto sejam.
Ney Maria Menezes
Santana de Parnaíba
Nenhum comentário:
Postar um comentário